Como tratar a doença de Parkinson
O Parkinson é uma doença, na qual predominam os sintomas motores, podendo coexistir também os sintomas psíquicos, como depressão, ansiedade e quadro demencial, além de sintomas autonômicos, como constipação intestinal.

O diagnóstico da doença é essencialmente clínico, onde é somado o histórico do paciente, com a cronologia exata dos sintomas, se são bilaterais ou assimétricos, história familiar, funcionamento dos múltiplos sistemas e os medicamentos utilizados.
Para fins de conclusão, quando o médico neurologista precisa descartar outros diagnósticos diferenciais, podem ser solicitados alguns exames, como tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Com a doença de Parkinson diagnosticada, é hora de iniciar um tratamento para diminuir ao máximo os sintomas do paciente, devolvendo-lhe o máximo possível a sua qualidade de vida.
Tratando o mal de Parkinson
Antes de dar início às possibilidades de tratamento da doença, é importante ressaltar que, por ser uma doença degenerativa, o Parkinson não tem cura.
O paciente, ao ser diagnosticado, vai receber o tratamento ideal para amenizar os sintomas, trazendo-o a possibilidade de viver uma vida mais normal possível.
O médico especialista iniciará a prescrição de medicações, que o paciente tomará por toda a sua vida.
Levodopa para Parkinson
A Levodopa e também os agonistas dopaminérgicos são medicamentos que têm como objetivo aumentar a disponibilidade de dopamina no cérebro ou imitar a ação da dopamina, substituindo parcialmente a função dos neurônios dopaminérgicos da substância negra.
A dopamina é um tipo de neurotransmissor importante para a capacidade de sentir prazer, em qualquer coisa, e também está envolvida no planejamento, execução e correção dos movimentos.
Pacientes que têm o diagnóstico de Parkinson, utilizando esses medicamentos, conseguem controlar parcial ou totalmente os movimentos involuntários, como o tremor, além de melhorar a rigidez e bradicinesia.
Além destes, tem outras medicações também usadas no tratamento da doença, como os anticolinérgicos, amantadina, selegilina, rasagilina e medicações para os sintomas psíquicos.
Anticolinérgicos para Parkinson
Os anticolinérgicos são medicamentos que têm como foco principal reduzir os tremores, mas não devem ser usados nos pacientes acima de 65 anos, pois pode induzir o aparecimento de muitos pesadelos e alucinações visuais noturnas.
Amantadina
Esta medicação tem sido muito utilizada, principalmente em fases mais avançadas da doença, pois diminuem as complicações motoras (discinesias e fenômeno wearing-off, por exemplo) do uso prolongado da levodopa.
Selegilina e Rasagilina
Estas são usadas em pacientes, na fase muito inicial da doença, pois levam a uma melhora sintomática discreta, podendo ser requeridas, principalmente, em pacientes mais jovens.
Ansiolíticos, antidepressivos e antipsicóticos para Parkinson
Pacientes que trazem consigo um histórico de ansiedade, depressão e de psicopatia, precisam ser tratados de forma adequada, para amenizar os sintomas.
Como o Parkinson é uma doença incurável e é progressiva em sua ação, pacientes podem sofrer com problemas psicológicos e até mesmo psiquiátricos; lembrando que a própria doença, pode produzir sintomas depressivos, de forma direta.
O médico neurologista pode receitar medicamentos para ajudar o indivíduo a lidar melhor com suas emoções, sempre buscando a ajuda de um profissional da área de Psicologia, para que este profissional possa caminhar junto no tratamento.
É importante salientar que as medicações antipsicóticas podem levar a uma piora dos sintomas parkinsonianos; e todas as medicações antiparkinsonianas podem, em maior ou menor grau, levar a uma piora dos sintomas psiquiátricos, principalmente, psicóticos do paciente. O manejo concomitante destas medicações deve ser realizado por um neurologista experiente.
Todo medicamento deve ser ingerido com indicação médica. A automedicação pode causar danos irreparáveis na saúde do paciente.
Outros tratamentos da doença de Parkinson
Para que o paciente possa conviver da melhor forma com o Parkinson, o neurologista pode solicitar acompanhamentos de outros profissionais, como:
- Fisioterapeuta - para que seja trabalhado os movimentos do corpo, com exercícios de fortalecimento, correção postural, trabalhando também a rigidez.
- Fonoaudiólogo - quando o processo de fala e deglutição passam a ficar comprometidas.
- Nutricionista - quando o paciente começa a ter problemas intestinais.
- Psicólogo - para ajudar no controle da ansiedade e depressão.
Em casos extremos, quando o organismo do indivíduo tem resistência ao tratamento medicamentoso, o tratamento cirúrgico passa a ser uma opção.
Neurologista para acompanhamento da doença
A qualquer sinal de alerta, é necessário que seja dado início a um acompanhamento médico.
Desde os primeiros sinais da doença, é essencial buscar ajuda de profissionais especializados, que possam analisar o histórico do indivíduo.
Por menores que sejam, cada detalhe trazido pelo paciente importa!
Compreender nas entrelinhas é o fator-chave para acionar o sinal de alerta para o diagnóstico, que quando feito precocemente, é possível retardar o processo degenerativo que a doença traz.
Se você conhece alguém ou se você sofre com algum sintoma apresentado aqui, procure um médico neurologista e descreva pontualmente todo o seu histórico de vida, os medicamentos que utiliza, os seus hábitos alimentares, a genética da família direta e indiretamente, etc.
Tem alguma dúvida ou tem algum sintoma? Agende uma consulta agora mesmo
com Dra. Thélia Rúbia, neurologista em São Paulo.
Dra Thélia Rúbia
Especialista em Neurologia e Clínica Médica, mas, acima de tudo, uma médica, antes de ser especialista.
São mais de 20 anos atendendo a especialidade de Neurologia, vendo o paciente em sua integralidade e não segmentado em partes específicas!
Atende com um olhar mais atento a todos os distúrbios, clínicos ou não, e situações, que possam interferir em todas as dores ou queixas neurológicas, que o paciente possa apresentar.
Fez Residência Médica em Neurologia e Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e é Formada em Medicina, pela UFJF-MG. Também é Especialista em Eletroencefalograma pelo Hospital São Paulo (UNIFESP).