Quais as causas do Parkinson?

Dra. Thélia Rúbia • fev. 21, 2022

A doença de Parkinson é a segunda doença degenerativa mais frequente nas pessoas, perdendo apenas  para a doença do Alzheimer, e que acomete pacientes acima de 60 anos. 

Causas do Parkinson Dra Thélia Rúbia Neurologista

O Parkinson é uma doença motora, em que um grupo de células do cérebro começam a envelhecer em uma velocidade mais acelerada do que o resto do corpo. 


As células, conhecidas como dopaminérgicas da substância negra, pertencem a um núcleo do sistema extrapiramidal, os núcleos da base que são responsáveis por planejar, executar e controlar os movimentos do indivíduo. 


A doença também pode apresentar outros sintomas como, em casos extremos, psíquicos e autonômicos.


Segundo pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Parkinson atinge 1% da população mundial, ou seja, a cada 100 pacientes acima dessa faixa etária, pelo menos um vai ter a doença.


Principais fatores da doença de Parkinson

Dos fatores maiores, aqueles que o risco é maior, podemos destacar:

  • Pacientes acima de 60 anos com 1% de incidência;
  • Pacientes com diagnóstico de doença familiar direta;
  • Pacientes que têm a mutação da glucocerebrosidase, uma mutação muito relacionada à doença de Parkinson;
  • Pacientes com exposição à MPTP, ou seja, exposição à opióides.


Fatores de baixo risco 

O Parkinson também pode ser observado em fatores de baixo risco, como:

  • A doença é mais comum em homens do que em mulheres;
  • Pacientes que têm exposição a metais pesados, principalmente o manganês;
  • Pacientes com histórico indireto familiar;
  • Pacientes que têm exposição à TCE - traumatismo crânio-encefálico;
  • Pacientes que residem em zonas rurais, onde a concentração industrial é em grande escala, associado a uma maior exposição aos defensivos agrícolas.


Acompanhamento médico, Neurologia e Parkinson

Pessoas que contam com algum dos fatores apresentados acima, precisam de um acompanhamento médico para que, com o diagnóstico em mãos, o tratamento seja iniciado o mais rápido possível.


Desde os primeiros sinais, é imprescindível buscar a orientação médica, para que sejam feitos os exames necessários para chegar em um diagnóstico assertivo.


O diagnóstico da doença é, em sua essência, clínico. Em casos específicos, o
médico neurologista pode solicitar alguns exames, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, para definir se existe algum sinal de perda dos neurônios da substância negra. 


Cada detalhe importa!

É necessário entender cada paciente nas entrelinhas ditas, ou seja, muitas vezes o que o paciente vê como "normal", pode ser um sinal de alerta para o diagnóstico. 


Por exemplo, pacientes que praticam esportes de alto impacto, como boxe, futebol americano e MMA, precisam relatar suas rotinas, tanto de treinos quanto de lutas. 


Esse ponto é crucial, pois são indivíduos que têm grande probabilidade de ter alguma doença motora, como o Parkinson, por sofrerem com o traumatismo crânio-encefálico, também conhecido como TCE. 


Um diagnóstico, quando feito precocemente, traz a possibilidade de uma considerável manutenção do desempenho pessoal, profissional e social do paciente. 


Ou seja, quanto mais cedo o paciente buscar ajuda, mais efetivo e melhor será para a condução do seu tratamento, com o objetivo de trazer uma melhora na sua qualidade de vida.

Sintomas da doença de Parkinson

Além do famoso tremor dos membros, existem outros sintomas que são necessários verificar. 


Confira outros sintomas comuns associados à doença e que são apresentados pelos pacientes.


Rigidez dos músculos

A rigidez pode assimétrica e estar presente em algum membro do corpo, seja na parte superior ou inferior. 


A sensação trazida pelo paciente é de ter seu membro endurecido, impossibilitando-o de realizar atividades simples do dia a dia, como:

  • Caminhar;
  • Se vestir;
  • Se exercitar;
  • Fazer movimentos de abertura e fechamento dos braços.


Lentidão dos movimentos 

A famosa agilidade do paciente acaba, e o motivo é a diminuição da amplitude dos movimentos, e até a perda de certos movimentos automáticos.


Ações corriqueiras como a de abrir e fechar as mãos, de escrever e fazer o processo de deglutição se tornam tarefas difíceis de serem realizadas com facilidade, ou até mesmo impossíveis. 


Desequilíbrio 

O paciente com a doença de Parkinson não tem mais o controle do seu próprio corpo, passando a ter dificuldade de se locomover com facilidade e até de controlar seus reflexos.


Quedas e fraturas são muito comuns para esses pacientes, uma vez que eles não conseguem se equilibrar, ficar em pé sem ajuda e até mesmo manter uma postura ereta.


Como diagnosticar os sintomas psíquicos do Parkinson? 

Além dos sinais motores que a doença de Parkinson traz, em casos extremos é possível notar sintomas psíquicos, como 

  • Demência;
  • Dificuldade para processar informações;
  • Depressão;
  • Medo;
  • Raiva;
  • Ansiedade;
  • Insônia.


Estes sintomas podem ser tratados com medicamentos, que servem para amenizar o peso da doença, uma  vez que o Parkinson não tem cura. 


Ao menor sinal de alerta, busque ajuda! 


Se você conhece alguém ou se você sofre com algum sintoma apresentado aqui, procure um médico neurologista e descreva pontualmente todo o seu histórico de vida, os medicamentos que utiliza, os seus hábitos alimentares, a genética da família direta e indiretamente, etc. 


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Dra Thélia Rúbia

Especialista em Neurologia e Clínica Médica, mas, acima de tudo, uma médica, antes de ser especialista.

São mais de 20 anos atendendo a especialidade de Neurologia, vendo o paciente em sua integralidade e não segmentado em partes específicas!


Atende com um olhar mais atento a todos os distúrbios, clínicos ou não, e situações, que possam interferir em todas as dores ou queixas neurológicas, que o paciente possa apresentar.


Fez Residência Médica em Neurologia e Clínica Médica, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e é Formada em Medicina, pela UFJF-MG. Também é Especialista em Eletroencefalograma pelo Hospital São Paulo (UNIFESP).

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